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Exploração sexual infantil: Centro concentra mais vítimas

 Mapa da exploração sexual infantil no Rio mostra que o Centro é a região do Rio com maior número de vítimas. Levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social mostra que pelo menos 70 menores de 12 a 17 anos integram rede de prostituição nesta área, de um total de 223 no município

Levantamento da prefeitura mostra que Praça Mauá lidera estatística 

A Praça Mauá é o local com maior concentração: 30 meninas. Copacabana, que carrega a má fama de ponto de turismo sexual, tem menos vítimas do que Irajá, São Cristóvão e Campo Grande.

O trabalho concluiu que a maioria dos explorados são meninas: 161. Em segundo, estão os adolescentes travestis. Dos 52 jovens explorados, 20 faziam ponto na Quinta da Boa Vista. Em relação à prostituição entre garotos, a Cinelândia apresenta maior número: 8 dos 10 apontados pelo levantamento.

O trabalho foi feito em parceria com o Ministério Público Estadual e a Delegacia da Criança e do Adolescente. Na incursão da equipe de Campo Grande, três suspeitos de exploração infantil foram presos. Os oito menores - assim como os outros jovens encontrados em pontos de prostituição - foram encaminhados a abrigos para menores.

Na Zona Sul, só Copacabana apresenta pontos de prostituição infantil. Segundo o relatório, 14 jovens são explorados ao longo da Avenida Atlântica e na Prado Júnior. De acordo com o secretário municipal de Assistência Social, Marcelo Garcia, a pesquisa mostra que a rede de prostituição envolvendo menores não está diretamente atrelada ao circuito turístico da cidade. “A cidade do Rio não é ponto de turismo sexual infantil, as crianças são exploradas pelo povo da terra”, conclui o secretário.

A CPI que apura denúncias de exploração sexual na Câmara, porém, investiga aliciamento de menores por visitantes. Ontem, em audiência, a conselheira tutelar de Santa Cruz, Irinéia de Jesus, informou que alguns pais procuraram o conselho denunciando sumiço das crianças que migraram para o Centro e Copacabana atraídas por anúncios de jornais.

Publicado originalmente no jornal O DIA, no dia 10/10/2007, pág.06 do primeiro caderno