Essa é justamente a etapa em que os jovens devem ingressar na faculdade. Na fase relativa ao ensino médio, para quem não sofreu defasagem ou repetência, também houve queda, mas menos acentuada. Em 2006, 82,2% dos adolescentes de 15 a 17 anos estudavam; já em 2007 a proporção diminuiu para 82,1%.
Em compensação, aumentou o percentual de crianças 4 e 5 anos que entraram na pré-escola de 67,6% para 70,1%. A região que mais tem crianças de 4 e 5 anos na escola é a Nordeste, com 76,8% da população dessa faixa etária estudando.
Já na faixa de 6 a 14 anos, também houve um pequeno aumento da parcela de crianças e jovens que está na escola. Em 2006, 96,9% estudavam contra os 97,0% registrados na pesquisa.
A pesquisa registrou aumento, de 2006 para 2007, de crianças e adolescentes na escola (entre 4 e 14 anos). A partir dos 15 anos, houve queda. (Foto: Arte/G1)
Mulheres estudam mais
As mulheres freqüentam mais as instituições de ensino do que os homens. E é na faixa de 18 a 24 anos que houve a maior diferença: 31,8% das mulheres estão na escola, contra 30,0% dos homens.
Também é maior o número de anos de estudo entre as mulheres: elas freqüentam instituições de ensino por, em média, 7 anos; contra os 6,6 dos homens. No geral, os brasileiros vão à escola por 6,8 anos.
A maior parte dos estudantes, 79,2%, está nas escolas públicas. Esse predomínio ocorreu em quase todos os níveis de ensino, exceto no nível superior. A rede particular teve inclusive crescimento no atendimento de graduação e pós-graduação, com aumento de 4,4 milhões de alunos para 4,7 milhões em 2007. No ensino superior público, o número de estudantes passou de 1,4 milhões para 1,5 milhões.
"A cobertura da rede publica é maior do que a da particular nos ensinos médio e fundamental e isso se inverte no ensino superior", diz a gerente da Pnad, Maria Lúcia Vieira.
Analfabetismo
O percentual de população analfabeta caiu de 2006 para 2007: era de 10,4% e passou a ser de 10%. Mas há desigualdade entre as regiões. Na faixa dos 15 ou mais anos, por exemplo, a região Nordeste teve 19,9% de analfabetos, contra 5,4% da região Sul. Maria Lúcia diz que, no geral, a situação mais crítica é no Nordeste.
Em Cuba, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco), o analfabetismo da população de 15 anos ou mais é de 0,2%; na Argentina, de 2,4%.
O analfabetismo funcional – expressão usada para as pessoas com mais de 15 anos que estudaram menos de quatro anos completos - atingiu 21,6% das pessoas em 2007; contra 22,2%, em 2006. As regiões Norte e Nordeste registraram as maiores taxas de analfabetismo funcional: 25,0% e 33,5%.
Saiba mais sobre a relação do jovem com a escola