No período analisado pela pesquisa (1992 a 2006), o economista-chefe do
Centro de Políticas Sociais do Ibre, Marcelo Nery, argumenta que há
duas realidades distintas. Até 2003, a renda ficou estagnada,
aumentando 22,9% nos três anos seguintes. Nery lembra que, além disso,
o país passou de uma fase de desemprego para uma de "apagão de
mão-de-obra" - ou seja, superou a falta de vagas e passou a registrar
escassez de profissionais.
Nos anos posteriores a 2006, Nery diz que o otimismo dos jovens foi
confirmado. Em 2007, foram gerados 1,6 milhão de empregos com carteira
assinada no Brasil, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.
Segundo a pesquisa da FGV, 93% dessas vagas foram para jovens de até 29
anos. Considerado o primeiro semestre de 2008, a alta do emprego formal
foi de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Educação
O levantamento mostra também que o jovem brasileiro também está ficando
mais tempo na escola. Entre 1992 e 2006, houve alta de 3,1 anos de
estudo para jovens entre 15 e 21 anos; para os com idade entre 22 e 29
anos, o crescimento foi de 2,5 anos; para as pessoas entre 30 e 39
anos, o avanço foi de 1,7 ano. Segundo o economista, a definição das
políticas públicas no Brasil prioriza o estudo sobre o trabalho para
pessoas com idade inferior à maioridade plena (21 anos).
O crescimento registrado pelos jovens de 15 a 21 anos em termos de
educação triplica o avanço histórico por década no Brasil, de acordo
com Nery. "Os jovens avançaram nos estudos três vezes mais do que a
méida histórica. Agora, com o mercado aquecido, esta onda educacional
propaga confiança no futuro", diz o economista, em texto de
apresentação da pesquisa.
Saiba mais
Confira a pesquisa completa da FVG.