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De olho na mídia

De olho na mídia

IBGE mostra que 46% dos jovens brasileiros vivem na pobreza

Os jovens representam a faixa da população que mais sofre com a pobreza no Brasil. Enquanto 30% dos brasileiros são considerados pobres (pessoas que vivem com rendimento mensal familiar de até 1/2 salário mínimo "per capita"), entre as pessoas de 0 a 17 anos este percentual é de 46%. Os jovens que vivem com rendimento mensal familiar de mais de 5 salários mínimos são apenas 1,7%. Os dados estão na Síntese de Indicadores Sociais, pesquisa realizada pelo IBGE

A região Nordeste tem os maiores índices de pobreza. Este quadro se repete também entre os jovens: 68,1% são considerados pobres - destes, 36,9% vivem apenas com 1/4 de salário mínimo de rendimento mensal familiar. As regiões Sul e Sudeste apresentam os melhores números para as pessoas da mesma idade: 30% e 32%, respectivamente.

Como um todo, a representação das pessoas com idade entre 0 e 24 anos diminuiu nos últimos dez anos. As crianças, adolescentes e jovens representavam 50% da população em 1997 e, em 2007, eram 43,4% do total.

A queda na taxa de fecundidade é um importante fator para explicar a diminuição. Em 2007, a média era de 1,95 filho por mulher, enquanto há dez anos a taxa era de 2,54 filhos. Com isso, a faixa etária de 0 a 6 anos, separadamente, foi a que mais diminuiu neste período. O grupo representava 13,6% da população e agora é apenas 10,5% do total.

As crianças e adolescentes de até 14 anos estão presentes em 47,7% das famílias brasileiras. Apenas 54,5% dos domicílios que abrigam estas famílias possuem todos os serviços de saneamento simultaneamente. Nos últimos dez anos, a infra-estrutura das residências melhorou, mas o IBGE ressalta que "boa parte dos óbitos infantis tem causas ligadas à falta de saneamento básico, como, por exemplo, a diarréia. Portanto, a melhora do nível de saneamento tem impacto direto sobre as taxas de mortalidade infantil".

Freqüência escolar

A freqüência de crianças, adolescentes e jovens na escola vem crescendo desde 1997. O estudo analisou cada faixa etária separadamente. A menor freqüência escolar se concentra entre 0 e 3 anos: apenas 17,1% já estão em algum estabelecimento de educação. O número é maior no Sudeste (22,1%) e menor no Norte (7,5%). Entre famílias brasileiras pobres e ricas (com mais de 3 salários mínimos de rendimento mensal familiar "per capita") a diferença é maior: 10,8% das crianças pobres de 0 a 3 anos vão à escola, contra 43,6% de crianças consideradas ricas.

O IBGE explica que, "embora não seja etapa obrigatória do ensino no Brasil, a educação infantil vem sendo reconhecida como um direito da criança, opção da família e dever do Estado". O estudo lembra que a meta do Plano Nacional de Educação do Ministério da Educação de atender a 50% das crianças de 0 a 3 anos de idade até 2010, está longe de ser alcançada.

Quando considerado o grupo de 4 a 6 anos de idade, a taxa de freqüência escolar sobe para 77,6%, número próximo à meta do ministério de colocar 80% das crianças desta faixa etária na escola até 2010.

Já entre as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos (idade correspondente ao ensino fundamental), o ensino está praticamente universalizado com 97,6% deles na escola. O IBGE lembra, entretanto, que o alto índice nem sempre se traduz em qualidade. "Entre as 24,8 milhões de crianças de 8 a 14 anos de idade, foi encontrado 1,3 milhão (5,4%) que não sabe ler e escrever. Isto não significa que estas crianças não estejam estudando: 1,1 milhão delas, ou seja, 84,5%, freqüentavam estabelecimento de ensino", afirma o estudo.

No caso dos adolescentes entre 15 e 17 anos (idade do ensino médio), a freqüência escolar cai para 82,1%. A situação econômica é um empecilho para os jovens seguiram no estudo: entre os 20% mais pobres, 76,3% seguem na escola; entre os 20% mais ricos, esse índice sobe para 93,6%.

Escola x emprego

A necessidade de ajudar na renda da família faz os jovens, tradicionalmente, abandonarem os estudos e procurarem um trabalho.

Antes de completar 18 anos, muitos já dividem estudo e trabalho. Mas o abandono do estudo começa a ficar mais evidente assim que a idade aumenta. Entre 18 e 19 anos, apenas 25,8% dos jovens têm como atividade exclusiva o estudo; no grupo de 20 a 24 anos, apenas 10,1%. Do outro lado, o número de jovens que apenas trabalham e não estudam é de 32,3% entre 18 e 19 anos e de 50,4% entre 20 e 24 anos.

Importante ressaltar que, entre 16 e 17 anos, o número dos que se mantém estudando cresceu desde 1997. Os que apenas trabalham com esta idade eram 16,5% naquele ano e agora são 10,2%; já aqueles que cuidam dos afazeres domésticos representavam 11,1%, mas caíram para 8,3% em 2007.

O estudo do IBGE revela que o abandono dos estudos para se dedicar ao trabalho nem sempre traz um bom retorno financeiro. "Quase 1/4 dos jovens de 16 a 24 anos de idade ganhava no máximo 1/2 salário mínimo. No Nordeste, 45,8% recebiam até 1/2 salário mínimo", afirma. Aqueles que ganhavam mais de um salário eram pouco menos da metade: apenas 49,7%. E estes valores não significam uma jornada de trabalho reduzida, já que 70,1% destes trabalhadores cumpriam jornadas de 40 horas ou mais por semana.

Veja aqui a pesquisa completa  indicadores_sociais 2008 realizada pelo IBGE.

Pnad: Brasil tem 2,4 milhões de jovens analfabetos

Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), nesta segunda-feira pelo jornal O Globo, mostram que o Brasil ainda luta com o alarmante número de 2,4 milhões de jovens analfabetos. Dos 15,5 milhões de brasileiros acima de 10 anos que não sabem ler nem escrever, 15% têm menos de 30 anos. A maior concentração está no Nordeste, onde estão 65% dos jovens analfabetos do país

Ainda segundo os dados estimados pelo IBGE em 2005, a partir da última Pnad, considerados apenas os jovens entre 15 e 29 anos, são 1,8 milhão de iletrados.

A reportagem desta segunda mostra as conseqüências desta exclusão.

É uma situação grave. Num país populoso e de extensão territorial como o Brasil, um pequeno percentual que fique fora da escola já representa muita gente. Tem que haver uma política específica para esse público — diz a coordenadora de Programas da organização não-governamental Ação Educativa, Vera Masagão Ribeiro.

A Pnad 2005 mostra que o analfabetismo atinge 578 mil crianças de 10 a 14 anos. São crianças que podem ter freqüentado a escola, sem aprender a ler e escrever, ou mesmo nunca ter estudado. O IBGE estima que 2,7% dos 27,4 milhões de brasileiros com idade entre 7 e 14 anos São estavam matriculados. Ou seja, o país tinha, em 2005, 741 mil crianças e jovens fora da escola nessa faixa etária.

A secretária de Educação do Distrito Federal, Maria Helena Guimarães de Castro, que foi ministra interina no governo Fernando Henrique, afirma que o problema é agravado pela baixa qualidade do ensino. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), prova aplicada a cada dois anos, mostra que mais da metade dos alunos de 4ª série tem dificuldade de compreender o que lê.

O ministro Fernando Haddad lançará nos próximos dias o novo formato do programa Brasil Alfabetizado. A principal inovação é que professores da rede pública serão contratados para dar aulas, no lugar de alfabetizadores leigos. Com isso, o governo espera melhorar a eficácia do ensino não só de jovens e adultos, mas das próprias crianças, uma vez que os docentes receberão treinamento específico para ensinar a ler e escrever. 

Leia mais:

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Um em cada quatro jovens está atrasado na escola

Um em cada quatro jovens do ensino fundamental tem defasagem igual ou superior a dois anos no ensino. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007, 25,7% dos jovens de todo o país sofrem esse atraso na escola. O estudo foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

A situação é mais grave no Nordeste, onde 38,8% dos estudantes estão defasados. Em seguida aparece a região Norte, com 35,4% dos alunos com atraso escolar. Em ordem do maior para o menor em atraso escolar seguem o Centro-Oeste (24,4%), o Sudeste (16,3%) e o Sul (16,0%).

Para a gerente de Indicadores Sociais do IBGE, Ana Lúcia Sabóia, um dado que chama a atenção é que, em 2007, 2,1 milhões de crianças de 7 a 14 anos que freqüentavam escola, mas não sabiam ler e escrever. "Isso acontece mesmo com a alta taxa de ensino nessa faixa etária (97,6%)", afirma. Ela diz que o nível de educação está melhorando no país, mas ainda há muito a ser feito. 
    

A proporção de estudantes com defasagem no ensino é maior no Nordeste

No país, a 5ª série é a que tem maior percentual de alunos com atraso na idade escolar. Ao todo, 30,8% dos alunos da 5ª série repetiram ou perderam dois ou mais anos de estudo. Depois da 5ª, aparece a 8ª série, como a segunda série com maior percentual de alunos em defasagem: 30,4%. A 1ª série é a que tem o menor percentual de estudantes (18,0%) com ensino atrasado.

No Nordeste, a 8ª série atinge níveis preocupantes: 48% dos estudantes estão atrasados na escola. Ou seja, quase metade dos jovens perdeu dois ou mais anos do ensino fundamental.

Em 1997, o percentual de estudantes com atraso escolar era da ordem de pouco mais de 43%. O percentual caiu a 32,3%, em 2002 e a 25,7% em 2007.

Os resultados de 2007 referem-se somente ao universo dos que estavam no ensino fundamental com duração de oito anos (71,8% dos jovens nessa fase da educação formal). A pesquisa levantou também a informação de que 32,8 milhões de jovens já freqüentam o ensino fundamental com nove anos (aproximadamente 28,2% do total do corpo discente do país).

Desigualdade no ensino superior

Os pesquisadores dizem ainda que, em dez anos, aumentou a desigualdade de acesso de brancos e pretos e pardos ao nível superior. Em 1997, 9,6% dos brancos e 2,2% dos pretos e pardos, de 25 anos ou mais de idade, tinham nível superior completo no Brasil. Em 2007, os percentuais passaram para 13,4% e 4%, respectivamente.

Em relação ao sexo, aumentou a proporção de mulheres no ensino superior. Entre 1997 e 2007, subiu de 53,6% para 57,1% o percentual de mulheres entre os universários. No mesmo período, o índice relativo aos homens caiu de 46,4% para 42,9%. Apesar do crescimento, Ana Lúcia Sabóia, do IBGE, diz que ainda existe um expressivo número de mulheres que não sabem ler e escrever, tanto no Brasil (7,2 milhões) quanto em países da América Latina.

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Ensino básico público no País supera meta no Ideb  

Avanços para a Educação no Campo

 

Tão jovens e já são mães

 Preocupação para os jovens, para os pais e para o governo. A gravidez na    adolescência é um problema que está longe de ser controlado pelas políticas públicas. O quadro assusta porque, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto a taxa de fecundidade da população brasileira diminui, o número de adolescentes com filhos aumenta

Em seis anos, o Brasil conseguiu reduzir a taxa de 2,4 para 2 filhos por mulher, em média. No DF, é menor ainda: 1,9 filho por mulher. Porém, nos últimos dez anos, houve um aumento de 6,9% para 7,6% na quantidade de adolescentes que tiveram filhos entre 15 e 17 anos.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), cerca de 10% das garotas no Distrito Federal com idade entre 15 e 19 anos  já ficaram grávidas pelo menos uma vez. Os problemas não se limitam a uma questão de saúde. A gravidez é o principal motivo da evasão escolar feminina. Pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que 56% dos jovens, entre 15 e 17 anos, que abandonaram a escola são meninas.

"Aos poucos, percebemos que o aumento da escolaridade está contribuindo para uma maior conscientização dos jovens, que percebem que a vida com filhos se torna mais difícil tanto para os estudos quanto para a inserção no mercado de trabalho", observa a supervisora de Divulgação de Informações do IBGE-DF, Sônia Baena.

Segundo o Ministério da Saúde, hoje, no Brasil, uma em cada quatro mulheres que dão à luz  tem menos de 19 anos. Para o presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Nilson de Melo, a desproporcionalidade entre a taxa de fecundidade no País e os índices de gravidez na adolescência pode ser explicada pelo aumento nas cirurgias de laqueadura ou ligadura de trompas, que impedem a mulher de ter novas gestações.

Planejamento familiar

Ele atenta para outro dado alarmante: 40% das adolescentes brasileiras que têm o primeiro filho voltam a engravidar em até três anos. Neste grupo, está a dona de casa, Tatiana da Silva do Lopes, 20 anos, moradora de Itapoã, região do DF com maior incidência de casos de adolescentes com filhos. Ela teve o primeiro bebê aos 17 anos e está grávida de dois meses de outro companheiro. Ela lembra o susto que teve na primeira gestação.

"Fiquei grávida e foi uma grande surpresa porque namorava há pouco tempo com um rapaz e nem pensava em ter filhos. Do relacionamento amoroso não sobrou nada. Ele demorou para assumir a paternidade e, até hoje, paga a pensão atrasada", lamenta a jovem, que abandonou o sonho de ser professora para cuidar da filha. Ela conta que trabalhou como doméstica até os nove meses de gravidez.  

Números alarmantes

Dados do Ministério da Saúde apontam que a cada grupo de mil garotas, de dez a 19 anos, cerca de cem já tiveram filhos, ou seja, 10%. A taxa é superior à média mundial e maior do que a de países como Sudão e Índia. Para alertar a população sobre os riscos e problemas da gestação entre os jovens, cinco entidades ligadas à área de saúde criaram o Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência. A data é comemorada na próxima terça-feira em mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina.

O tema deste ano é Sua vida, sua decisão e o site da campanha (www.vivasuavida.com.br) traz dicas e orientações aos jovens. Os voluntários da iniciativa vão percorrer capitais e distribuir folhetos informativos. Segundo os organizadores da campanha, 220 mil mulheres ficam grávidas por ano em todo o mundo sem terem planejado. Entre elas está a estudante e dona de casa A.S.N, 16 anos, que engravidou aos 15 de um namorado com quem estava há nove meses.

"Nada tinha sido planejado, foi um grande susto", relata a jovem, assumindo que não houve precaução. "Nós, realmente, não nos prevenimos. Não usamos camisinha e eu não tomava remédio. Ainda continuo estudando, mas não foi nada fácil ir à escola grávida. Além do preconceito entre os colegas tinha que faltar muito", recorda.

A jovem revela que nunca trabalhou porque pretende terminar os estudos e cursar a faculdade. Ela está atrasada dois anos na escola, mas não desanima e quer recuperar o tempo perdido.

"Ainda bem que posso contar com a minha irmã para ficar com meu filho para que eu possa estudar, e meu marido trabalhar", observa.

Decreto proíbe menor de 18 anos como doméstica

O trabalho doméstico está proibido no Brasil para menores de 18 anos. A proibição vale desde o dia 12 deste mês, quando entrou em vigor o decreto nº 6.481, assinado em 12 de junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lista as piores formas do trabalho infantil

Antes do decreto, era legal a contratação -desde que registrada em carteira- de maiores de 16 anos e menores de 18 para exercer serviços domésticos.

Em todo o país, existem cerca de 410 mil crianças e adolescentes que trabalham como domésticas -ou 8% do trabalho infantil no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Números do instituto apontam que o decreto exige a retirada do mercado de 245 mil pessoas com idade entre 16 e 17 anos -os menores de 16 já estavam proibidos de trabalhar até pela antiga legislação.

O texto assinado por Lula, que lista 93 diferentes atividades, regulamenta a convenção 182 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), de 1999. Todas as atividades proibidas pelas autoridades brasileiras foram incluídas em virtude dos riscos que oferecem para a saúde e o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes.

O decreto, por exemplo, coloca o trabalho doméstico na mesma categoria da extração de madeira, a produção de carvão vegetal, a fabricação de fogos de artifício, a construção civil e a produção de sal.

Entre os riscos ocupacionais citados no decreto para jovens que realizam trabalhos domésticos estão "esforços físicos intensos, isolamento, abuso físico, psicológico e sexual, longas jornadas de trabalho, sobrecarga muscular", entre outros.

Qualquer pessoa que for encontrada com uma empregada doméstica adolescente poderá ser autuada pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), segundo o diretor do Departamento de Fiscalização do órgão, Leonardo Soares.

Dois advogados trabalhistas ouvidos pela reportagem disseram que, a partir de agora, os patrões estão sujeitos a duas sanções, no caso de serem flagrados empregando menores.

Além do pagamento obrigatório de todos os direitos trabalhistas do adolescente, o empregador ainda terá de pagar uma multa que pode chegar a R$ 2.012, segundo o advogado José Guilherme Mauger.

O patrão ainda pode ter problemas na esfera criminal, caso o Ministério Público do Trabalho ajuíze ação por crime contra a organização do trabalho.
O governo ainda não definiu como a fiscalização acontecerá. A principal dificuldade, afirma Soares, é a garantia constitucional da inviolabilidade do lar. Qualquer fiscalização in loco depende de ordem judicial.

O governo ainda não definiu se existirá algum projeto específico para atender as jovens que devem abandonar o serviço doméstico. Hoje, toda criança encontrada trabalhando irregularmente é amparada pela rede de proteção social do Estado, inclusive com o pagamento de bolsas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.

Saiba Mais

Sobre a idade mínima para a admissão a emprego 

Convenção sobre proibição das piores formas de trabalho infantil

Cai proporção de jovens de 15 anos ou mais na escola

O percentual de jovens fora da escola aumentou, de 2006 para 2007, segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, diminuiu a proporção de crianças e adolescentes que não estão matriculados
Em 2006, 16% das pessoas com 15 anos ou mais pertenciam a alguma instituição de ensino. Essa proporção caiu para 15,3% um ano depois. A maior queda ocorreu entre as pessoas de 18 a 24 anos: em 2006, 31,7% estavam em alguma instituição de ensino; em 2007, 30,9% estudavam.

Essa é justamente a etapa em que os jovens devem ingressar na faculdade. Na fase relativa ao ensino médio, para quem não sofreu defasagem ou repetência, também houve queda, mas menos acentuada. Em 2006, 82,2% dos adolescentes de 15 a 17 anos estudavam; já em 2007 a proporção diminuiu para 82,1%.

Em compensação, aumentou o percentual de crianças 4 e 5 anos que entraram na pré-escola de 67,6% para 70,1%. A região que mais tem crianças de 4 e 5 anos na escola é a Nordeste, com 76,8% da população dessa faixa etária estudando.

Já na faixa de 6 a 14 anos, também houve um pequeno aumento da parcela de crianças e jovens que está na escola. Em 2006, 96,9% estudavam contra os 97,0% registrados na pesquisa.

A pesquisa registrou aumento, de 2006 para 2007, de crianças e adolescentes na escola (entre 4 e 14 anos). A partir dos 15 anos, houve queda. (Foto: Arte/G1)
 
Mulheres estudam mais

As mulheres freqüentam mais as instituições de ensino do que os homens. E é na faixa de 18 a 24 anos que houve a maior diferença: 31,8% das mulheres estão na escola, contra 30,0% dos homens.

Também é maior o número de anos de estudo entre as mulheres: elas freqüentam instituições de ensino por, em média, 7 anos; contra os 6,6 dos homens. No geral, os brasileiros vão à escola por 6,8 anos.

 A maior parte dos estudantes, 79,2%, está nas escolas públicas. Esse predomínio ocorreu em quase todos os níveis de ensino, exceto no nível superior. A rede particular teve inclusive crescimento no atendimento de graduação e pós-graduação, com aumento de 4,4 milhões de alunos para 4,7 milhões em 2007. No ensino superior público, o número de estudantes passou de 1,4 milhões para 1,5 milhões.

"A cobertura da rede publica é maior do que a da particular nos ensinos médio e fundamental e isso se inverte no ensino superior", diz a gerente da Pnad, Maria Lúcia Vieira.
     
Analfabetismo

O percentual de população analfabeta caiu de 2006 para 2007: era de 10,4% e passou a ser de 10%. Mas há desigualdade entre as regiões. Na faixa dos 15 ou mais anos, por exemplo, a região Nordeste teve 19,9% de analfabetos, contra 5,4% da região Sul. Maria Lúcia diz que, no geral, a situação mais crítica é no Nordeste.

Em Cuba, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco), o analfabetismo da população de 15 anos ou mais é de 0,2%; na Argentina, de 2,4%.

O analfabetismo funcional – expressão usada para as pessoas com mais de 15 anos que estudaram menos de quatro anos completos - atingiu 21,6% das pessoas em 2007; contra 22,2%, em 2006. As regiões Norte e Nordeste registraram as maiores taxas de analfabetismo funcional: 25,0% e 33,5%. 

Saiba mais sobre a relação do jovem com a escola

O_direito_à_juventude_na_escola[1].pdf


O significado da escola e do conhecimento escolar....pdf

Rap à francesa

Como alternativa à anestesia da música bem-comportada, artistas e grupos como D’, La Rumeur e Keny Arkana propõem crítica social, resistência e resgate de direitos. Fincados nas periferias "problemáticas" e ligados à migração, eles não recuam nem diante dos boicotes, nem da censura

“Assuntos como a periferia não são uma questão de partido. Ao
contrário, é preciso haver uma união republicana, um Plano Marshall
para os bairros.” Não, este não é um discurso do presidente francês. As
palavras são de autoria de Abd Al Malik, um rapper de origem congolesa
para quem “é preciso livrar-se do saco de dores”, ou seja, dos rancores
acumulados ao longo de séculos de exploração. Inspirada na religião
sufi – a vertente “mística” do islamismo –, sua declaração encontrou um
eco favorável em diversos setores da mídia, tanto de direita como de
esquerda [1]. Afinal, era preciso tranqüilizar a população e os meios
de comunicação depois dos motins de novembro de 2005, nos subúrbios de
Paris.

Leia o artigo completo no Le Monde Diplomatique Brasil

Alta de emprego e renda impulsiona otimismo do jovem brasileiro

Uma pesquisa de 2006, em que 132 países foram entrevistados pelo instituto Gallup sobre as perspectivas que tinham para o futuro,  mostrou o jovem brasileiro como o mais otimista do mundo. De acordo com estudo divulgado nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o tamanho da felicidade do jovem brasileiro está ligado a fatores econômicos, como o aumento do emprego e da renda
Na pesquisa Gallup, em uma escala de 0 a 10, o jovem brasileiro
considerou suas perspectivas para o futuro com nota 8,24, a maior entre
todas as nações pesquisadas.

No período analisado pela pesquisa (1992 a 2006), o economista-chefe do
Centro de Políticas Sociais do Ibre, Marcelo Nery, argumenta que há
duas realidades distintas. Até 2003, a renda ficou estagnada,
aumentando 22,9% nos três anos seguintes. Nery lembra que, além disso,
o país passou de uma fase de desemprego para uma de "apagão de
mão-de-obra" - ou seja, superou a falta de vagas e passou a registrar
escassez de profissionais.

Nos anos posteriores a 2006, Nery diz que o otimismo dos jovens foi
confirmado. Em 2007, foram gerados 1,6 milhão de empregos com carteira
assinada no Brasil, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.
Segundo a pesquisa da FGV, 93% dessas vagas foram para jovens de até 29
anos. Considerado o primeiro semestre de 2008, a alta do emprego formal
foi de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior.


Educação



O levantamento mostra também que o jovem brasileiro também está ficando
mais tempo na escola. Entre 1992 e 2006, houve alta de 3,1 anos de
estudo para jovens entre 15 e 21 anos; para os com idade entre 22 e 29
anos, o crescimento foi de 2,5 anos; para as pessoas entre 30 e 39
anos, o avanço foi de 1,7 ano. Segundo o economista, a definição das
políticas públicas no Brasil prioriza o estudo sobre o trabalho para
pessoas com idade inferior à maioridade plena (21 anos).

O crescimento registrado pelos jovens de 15 a 21 anos em termos de
educação triplica o avanço histórico por década no Brasil, de acordo
com Nery. "Os jovens avançaram nos estudos três vezes mais do que a
méida histórica. Agora, com o mercado aquecido, esta onda educacional
propaga confiança no futuro", diz o economista, em texto de
apresentação da pesquisa.

Saiba mais

Confira a pesquisa completa da FVG.

Número de eleitores com 16 e 17 anos diminui 20%

2,9 milhões de adolescentes vão às urnas em outubro; há 4 anos, eram 3,6 milhões
Participação de jovens, que não são obrigados a votar, é
proporcionalmente menor no Sudeste; queda ocorre apesar de campanha do
TSE
O número de jovens com 16 e 17 anos que tiraram títulos de eleitor caiu 20% entre as eleições de 2004 e a deste ano. Para quem tem essa idade, o voto não é obrigatório. No pleito de outubro, irão às urnas 2,9 milhões de eleitores com 16 ou 17 anos. Em 2004, eram 3,6 milhões de adolescentes.

O número atual é inferior ao das eleições de 1992, a terceira após a entrada em vigor da permissão de voto a menores de idade e a primeira da qual a Justiça Eleitoral mantém os dados relativos aos eleitores adolescentes. Naquele ano, quando a população do país era menor, havia 3,2 milhões de eleitores nessa faixa.

O desinteresse é maior nos Estados do Sudeste -no Nordeste a participação proporcional dos adolescentes dobra. A queda ocorre apesar de campanhas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e de organizações estudantis de estímulo ao registro dos eleitores.

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas diz que o jovem não se vê representado pelos candidatos. "O sistema político não fala a linguagem da juventude. É algo que parece muito formal, muito quadrado", diz o presidente da entidade, Ismael Cardoso, 21. Ele, porém, afirma que a juventude "quer participar" da política.

Neste ano, União dos Estudantes organizou uma campanha chamada "Se liga, 16" para incentivar o registro de jovens eleitores. Em Minas Gerais, a entidade levou cartórios itinerantes a escolas para que estudantes fizessem o título. Partidos políticos também fizeram campanhas pela participação dos jovens pelo país.

O total de eleitores de 16 e 17 anos representa uma recuperação em relação às eleições de 2006, quando 2,5 milhões votaram, mas é uma queda em comparação com o último pleito municipal, há quatro anos.

No Maranhão, os adolescentes somam neste ano 4,3% do eleitorado, enquanto nos Estados do Sudeste são 1,5%. A cidade de São Paulo tem menos da metade do número de jovens eleitores de Pernambuco, que tem menos habitantes.

A cientista política da UnB (Universidade de Brasília) Lúcia Avelar, que pesquisa participação política, diz que o dado é conseqüência de um descrédito dos adolescentes com a questão ética. "Para os jovens, a orientação é menos ideológica e mais substituída por valores éticos." Ela diz, porém, que vem crescendo a participação da população em associações e grupos com objetivos políticos.

Para Avelar, a reduzida participação de um segmento onde o voto é facultativo projeta que o comparecimento dos eleitores seria muito menor se eles não fossem obrigados a votar.

Ministério da Educação fecha 54% das vagas nas instituições de direito

Brasília - Por 11 meses, o Ministério da Educação supervisionou 81 cursos de direito no país. Com base em dois critérios  – o da nota no Exame Nacional de Desempenho Estudantil (Enade) e no percentual de alunos aprovados no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – o resultado foi a redução de 54% das vagas oferecidas nestas instituições

Em números absolutos, o percentual representa menos 24.380 vagas, das
45.042 oferecidas. A que teve o maior número de vagas reduzidas foi a
Universidade Paulista (Unip), com corte de pouco mais de 6 mil, das
mais de 10 mil ofertadas. Em seguida, o Centro Universitário Nove de
Julho, também de São Paulo, com corte de pouco mais da metade das
vagas: 2.594, das 5 mil que oferecidas.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a redução do número de
vagas, isoladamente, representa um avanço. Entretanto, de acordo com
ele, se o corte não for combinado com outras providências, a
repercussão na qualidade é pequena.

“O termo de compromisso estabelecido com o MEC não prevê apenas o corte
de vagas. Prevê a contratação de professores titulados, alteração do
regime de trabalho do corpo docente, melhoria das condições de
infra-estrutura. Só atacando o problema no seu conjunto, as
deficiências todas que foram detectadas pela comissão supervisora, é
que isso vai impactar na melhoria do ensino jurídico no país”, disse
Haddad.

Segundo o ministro, a supervisão deve continuar a ocorrer
semestralmente nos cursos de direito. Ele sinalizou que a avaliação que
já vem sendo feita dos cursos de medicina apontam deficiências em
instituições públicas de ensino superior – ao contrário do que ocorreu
agora, em que só figuraram na lista instituições particulares. O curso
de pedagogia deve ser o próximo a passar por supervisão.

Caso as deficiências não sejam equacionadas até julho do ano que vem,
“a comissão [de supervisão] terá carta branca do Ministério da Educação
para sugerir as medidas cabíveis”, disse o ministro, acrescentando que
“a comissão vai voltar [às instituições] para verificar se o
compromisso firmado está sendo honrado. Se isso não estiver
acontecendo, pode chegar ao descredenciamento do curso”.

Para o presidente da OAB, Cezar Britto, houve uma banalização do curso
pelo país, “que tem mais gente fazendo do que qualquer outro”, e a
medida vai solucionar o problema do excesso de formados que não
conseguem o registro da ordem, e agora a qualidade passa a ser
valorizada.

Britto defendeu que os que foram prejudicados pela má qualidade das
instituições em que se formaram devem buscar reparação na Justiça, com
uma ação de perdas e danos, para conseguir a devolução da mensalidade e
também a reparação por danos morais, “pela perda do tempo que estudou e
não poder fazer valer, depois, o diploma que lhe prometeram”.

Os mesmos critérios do fechamento das vagas podem ser utilizados. “Eu
não tenho dúvida de que, hoje, quem caiu no conto do vigário
educacional, tem dados objetivos para buscar uma reparação. Tem o exame
da ordem e tem o Enade comprovando que o erro não está nele, e sim na
instituição, que não cumpriu o que prometeu”, afirmou Britto.

Confira a lista das  instituições que tiveram as vagas reduzidas.

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