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Niterói cria Conselho Municipal de Juventude

Com a idéia de atender as necessidades da juventude, cada vez mais a sociedade civil tem se organizado para formar Conselhos de esfera municipal, estadual e nacional destinados a defender os interesses dos jovens. A cidade de Niterói criou recentemente o Conselho Municipal de Juventude, que pretende orientar políticas públicas para os jovens do município que sofrem de carência de políticas, principalmente, nas áreas de cultura, lazer e segurança
 

 

O Conselho surgiu em 2005, após três anos de negociação com a Câmara dos Vereadores sobre o Projeto de Lei que aprovaria a criação do CMJ (Conselho Municipal de Juventude). No ínicio de 2008 a lei foi aprovada e começou o trabalho para a composição dos seus representantes. Ao todo 24 pessoas compõem a bancada dos conselheiros. Um acordo foi firmado com a Prefeitura da cidade de que metade das cadeiras seria composta por indicação dos representantes do município, os outros doze entraram no Conselho por meio de eleição. De acordo com conselheira da sociedade civil Tatiana Antunes, uma das principais articuladoras do Conselho, o critério escolhido foi a necessidade de atender as áreas de contato com a Juventude (Esporte, Formação Profissional, Direitos Humanos, Cultura, Educação etc.) e da paridade entre sociedade civil e governo.
 
Acompanhar e orientar as políticas públicas da juventude são as principais perspectivas com o Conselho. Segundo Tatiana, que também é diretora executiva do Instituto JCA (Jelson da Costa Antunes), a necessidade de uma pesquisa sobre os jovens niteroienses é o próximo desafio para que o Conselho consiga atuar de maneira eficaz.
 
Um dos maiores problemas para Tatiana é a falta de financiamento. “Para informações mais precisas sobre o perfil e anseios da nossa juventude, precisaríamos  uma pesquisa.. Esse levantamento é uma demanda do CMJ que precisa ser atendida por alguma secretaria, pois o próprio conselho não dispõe de orçamento algum”, afirmou a conselheira Tatiana.
 
As expectativas em relação a criação deste órgão em Niterói são muitas. O Professor do curso de Educação da UFF e coordenador do Observatório Jovem Paulo Carrano ressaltou na reunião sobre o Conselho Municipal de Juventude-Niterói no mês passado, o cuidado que se deve ter para que a Instituição não seja uma simples reprodução da política governamental. “Os Conselhos foram se esvaziando da sua função. Não podem ser apenas caixa de ressonância do governo ou das demandas particularizadas das organizações sociais. Temos que pensar em agendas efetivas e ações públicas que tenham impacto na vida dos jovens e não sejam apenas simbolismo na pauta governamental”, salientou Carrano. 
 
A cidade de Niterói sempre se destacou no que diz respeito a uma juventude politicamente atuante. De acordo com informações do CMJ, Niterói foi um dos primeiros municípios do Brasil e o primeiro de Estado a ter uma estrutura – Coordenadoria de Juventude – dedicada a Política Pública de juventude. Espera-se que o Conselho de Niterói não seja mais um espaço em que a temática juvenil seja resumida a problemas sociais, mas sim um local em que o jovem seja o sujeito social privilegiado das políticas públicas.

Saiba mais

Assista ao documentário  Jovens do Centro, sobre a juventude de um bairro popular em Niterói. 

 

Formas e conteúdos da participação de jovens na vida pública